segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Vem, pode vir. Tá escuro mas dá pra ver. Vem! Que medo é esse de arriscar? Se for preciso, você pula? Esquece o medo de altura, não vai te levar a nada. Ok. Vamos pular. Você me agarra forte? Se segura em mim, já fiz isso antes. Abre os braços e deixe o vento te guiar. Estamos seguros, tá? Relaxa.
Vem, hora de correr. Vou chegar aos 180 km/hr, quer ver? Abra os vidros. Eu não sei que queda é essa que tenho pelo vento, mas ele me conforta. É como se em um toque, eu conseguisse diminuir minha alma num tamanho que ela caiba dentro do meu peito. Gosto de correr riscos quando me sinto perdida. Eu preciso me reencontrar por alguns instantes, mas não dá pra fazer isso sozinha, entende? Tá, então continua aí, fica do meu lado.
Vem, pode mergulhar. A água aqui é rasa e o pé fica no chão o tempo todo. Afunda a cabeça nas suas paranoias e esquece os problemas. Solte os braços e pensamentos. Aprenda a se encantar por tudo aquilo que é belo. Aprenda a ver que tudo vai muito além, sabe? O coração, a mente, a boca, esse mar. Vai andando em frente. Segue seu rumo, seu coração, seus próprios riscos. Não tenha medo de maiores profundidades. Isso, vai fundo, você está próximo, chegando, espera. Aí não dá pé. Pensando bem, é melhor eu ficar por aqui. Eu não sei nadar, moço, nem remar. Me desculpa, tá? Segue sozinho. Eu não sei amar.
__Riane  Ribeiro

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